sábado, 8 de outubro de 2011

Capitulo 002 Louis

15 anos se passaram desde aquela fria noite de Julho. Tal criança não mais era um recem nascido, mas sim adolescente inteligente e sarcástico. Em plenos 16 anos de idade já tinha um vasto conhecimento de seu mundo. Focado em seus estudos. E em busca de um futuro melhor. Louis sempre buscou mais e mais na vida. Com seu jeito desleixado fazia pouco caso de sua própria imagem como o grande adolescente que é. Louis descobrira que era adotado aos 10 anos de idade. Mas ele se conformava com esse fardo com grande facilidade. Mesmo assim talvez a escolha de seu pai a deixá-lo com aquela família fora uma escolha errada. Sua mãe adotiva Clarice Maximiliam nunca lhe tratava como se fosse seu verdadeiro filho. Já seu pai adotivo tinha orgulho do garoto. Sempre o primeiro da sua sala de aula Louis era um pequeno e preguiçoso génio para sua idade. Mesmo sem o amor de uma mãe.
Louis cresceu firme e forte. Olhos azuis cor do céu como o da sua mãe e um cabelo verde como as folhas das árvores. Pesando 59 quilos e com estatura de 1,65 de altura, pele clara era um adolescente normal para a sua idade. A única coisa que assombrava a vida de Louis era seu cabelo verde. A cor de seu cabelo fazia a todos se perguntaram:
-Quem é esse louco que pintou o cabelo?
Louis sempre viveu com o fato de ser excluído de qualquer gripo ou amizade por ser esforçado de mais e também ser fisicamente estranho de mais. Tendo poucos amigos até então ele sempre se esforçou para ser uma pessoa melhor sendo um adolescente construtor de idéias sempre maquinado algo em sua mente.


27 de Maio de 2011

A aconchegante luz do Sol começa a aquecer as casas daquele Bairro, lentamente as pessoas acordam naquela fria Sexta-Feira de Maio. No segundo andar da Rua Santo Augustin n°13. Alguém começa a despertar. Olhos azuis fitam o teto branco onde logo tais olhos fitam o quarto ao seu redor. Uma janela de alumínio uma TV antiga, posteres na parede e um pequeno guarda-roupa de madeira. Tal pessoa é Louis. Que acabara de acordar para ir à escola.

Levantando-se de sua cama, vai à direção de seu guarda roupa. Abrindo a segunda gaveta de cima para baixo escolhe sua roupa: uma calça jeans e uma camiseta branca com o mesmo emblema da roupa de seu pai biológico. Três grandes olhos negros nas costas da camiseta.  A veste de seu pai pendurada no cabide do guarda roupa, permanecera imutável ao passar dos anos. Tão escura e macia como se fosse seda da maior qualidade. Louis procura logo tomar um banho para se vestir para ir à escola.
Já vestido, desce as escadas de madeira de sua casa. Lá ruma para sala. Uma sala aconchegante. Não muito grande. Um sofá surrado, quadros na parede, alguns de Louis outros de seus pais adotivos, uma TV de tamanho médio que fica em uma estante de mogno vermelho. Tudo isso contrastava muito bem com a parede azul marinho da sala. Louis entra na sala e começa a procurar sua mochila. Ele olha ao lado do sofá. Quando subitamente uma voz emana da sozinha anexa à sala:
-Louis?
Louis olha para a cozinha e vê uma pessoa de cabelos brancos, olhos castanhos, e vestindo uma roupa de dormir. A pessoa caminha até Louis e lhe estica a mão direita cuja a qual segura a mochila do Louis. Louis sorri e fala:
-Bom dia Pai.
Louis pega a mochila da mão de seu Pai e enquanto a coloca em suas costas fala:
-Acordou cedo hoje. Não?
O Pai não biológico de Louis fala:
-Não Filho, nem consegui dormir direito ontem a noite. Estou ficando velho e cansado.
Louis sorri e fala:
-Não fala isso, você ainda vai viver muito.
O pai de Louis começa a rir alto enquanto caminha até o sofá. Ele se senta no sofá e liga a televisão no canal de noticias. Ele então fala olhando para a TV:
-Louis, Vê se tira nota boa no seu provão.
Louis começa a rir enquanto caminha até a porta da frente da casa. Enquanto ruma em direção a porta ele fala:
-Pai, o provão foi semana passada.
Louis olha para seu pai que parece que nada escutou de suas palavras, enquanto ele lentamente fecha a porta da frente da casa e ruma em direção a escola.

Continua...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Capitulo 001 Prólogo

Quinze anos atrás, houve o prelúdio de uma grande aventura, onde o destino da Terra e de seus habitantes estaria em jogo.
Não chamarei isso de um conto, mas sim, de um fato, pois, posso afirmar com detalhes, o que aconteceu naquela noite fria de Julho.
Naquela noite cães uivavam e bramiam para a lua enquanto corvos se aglutinavam nos beirais dos telhados e nos fios telefónicos dos postes. Logo as luzes dos postes de certa rua começam a ficar cada vez mais fracas, Rua Saint Augustini. Uma rua de subida, onde sua parte baixa era uma rua sem saída, um lugar tranquilo e cercado de árvores.
Naquela noite sem estrelas do céu escuro uma cortina de gás negro desce do céu; Lentamente a rua começa a desaparecer no escuro, casa após casa todas são envolvidas naquela densa névoa negra.
Logo as árvores começam a balançar, uma a uma as folhas delas se desprendem e caem ao chão. Então do céu escuro surge um ser de asas que silenciosamente desce ao chão.

Aquele ser envolto na densa névoa revelasse um ser quadrúpede de duas assas com envergadura de 3 metros cada; Uma longa cauda de 4 metros de envergadura; Logo a pele daquele ser era feita de escamas laranja claro.
A criatura logo mostra ter algo em suas costas, logo a névoa começa a de dissipar e em cima da criatura toma-se forma, duas formas humanas que estavam montadas na criatura; uma delas desce da criatura e estica a mão direita para a segunda pessoa. A segunda pessoa então estica a mão e segura na mão da pessoa que está no chão. Logo a segunda pessoa desce de cima da criatura como se descesse de um cavalo.
A primeira pessoa então caminha em direcção ao rosto da criatura e fala:
-Calma Akravator se você fizer barulho vão nos descobrir.
Pela voz conclui-se logo que a primeira pessoa trata-se de um homem.
Então a segunda pessoa que parece segurar algo com as duas mãos, caminha até a primeira pessoa.
A névoa começa a se dissipar e mais detalhes das duas pessoas são lentamente percebidos.
Logo a estatura das pessoas pode ser definida como a estatura de um jovem adulto normal. Ambos usam sobretudos negros com capuz e uma espécie de veste cobrindo a boca e o nariz; A única parte exposta do corpo são os olhos.
Um desenho pode ser visto atrás dos sobretudos; Em questão uma espécie de brasão com três olhos vermelhos.
Subitamente o choro de uma criança toma conta do lugar. O choro vem do objecto que a segunda pessoa segura tal objecto revela-se um cesto de madeira coberto com um pano negro.
A segunda pessoa então fala carinhosamente a criança:
-Calma, calma, mamãe está aqui.
Pelas palavras da segunda pessoa percebe-se que se trata de uma mulher.
            O homem caminha em direcção a Mulher com o cesto e fala:
-Querida?
            Lágrimas começam a escorrer dos olhos azuis da Mulher. Ela então entrega relutante o cesto para o Homem. Ela enxuga suas lágrimas e fala vagarosamente:
-Por quê? Por que devemos deixá-lo com seres humanos? De tantas famílias? Por que tem que ser essa família? Por que querido?
            Pelas palavras do homem e da mulher percebe-se que se trata de Marido e Mulher. E a criança é o filho deles. O Homem já com o sexto em mãos, olha para o céu e fala:
-Ele não pode ficar com a gente. Nosso mundo é perigoso de mais para ele. Ele estará melhor entre seres humanos. Do que entre Drakonis como nós.
            O homem então caminha cuidadosamente para uma das casas da rua. Uma casa de madeira com um pequeno portão de madeira feito de pequenas taboas apenas para decoração e nada mais. Por fim ele chega até a porta com o cesto em mãos. Lá estava aquele Homem de, sobretudo negro.
Bairro Pimentas, Rua Santo Augustini n°13. Um belo bairro para se morar afinal. Logo o homem coloca o cesto em cima de um tapete surrado que ficava em frente à porta da casa. E abaixado a lado do cesto o Homem então fala:
-Filho mesmo que você se sinta sozinho em meio a eles, mesmo que você se sinta excluído pela sociedade deles, mesmo que esse mundo não tenha espaço para você, continue seguindo em frente, nunca desista.
Lágrimas começam a escorrer dos olhos castanhos claros do Homem que termina suas palavras com dificuldade dizendo:
-Filho você é um Drakonis, você é especial, você é diferente dos demais a sua volta.
O Homem fica de pé e caminha em direcção a esposa que lhe esperava ao lado da criatura.
O Homem então com voz de comando fala a criatura:
-Akravator! Hichi!
A criatura se abaixa, ficando com seus joelhos encostados no chão.
A mulher sobe por um estribo nas costas da criatura que a leve a uma espécie de cela para montaria. Muito similar à cela para montaria em cavalos.
O homem caminha até a Mulher e sobe no estribo da criatura sentando-se a frente dela. A mulher entrelaça as mãos pela barriga do marido e apoia seu rosto nas costas dele. E com uma voz de desanimo fala:
-Você tem certeza que quer fazer isso Querido?
O Homem olha para o céu e fala:
-Sim. Amor. Chegou a hora de nos despedirmos.
O Homem então olha para o Cesto com a criança dentro e fala gritando:
-Adeus Louis, Adeus meu filho.
Ele então coloca a mão no bolso direito de seu sobretudo e tira um objecto de metal de dentro dele. Tal objecto era semelhante a uma faca.
Subitamente a faca começa a reluzir na mão dele emanando uma estranha luz de cor branca.
Ele então com um movimento extremamente rápido move o seu braço direito apontando-o em direcção a porta da casa. Com isso a faca de sua mão é lançada e acerta a campainha da casa. Então a campainha começa a tocar descontroladamente emitindo seu barulho característico ininterruptamente.
O Homem então olha frente e fala gritando:
-Akravator! Suba!
A criatura lentamente se levanta e estica suas asas. Ela então começa a correr em direcção ao fim da rua.
Ela esbarra nos carros estacionados na rua empurrando-os e virando-os em direcção calçada. Subitamente com um único bater de asas ela pega impulso e começa a subir rumo ao escuro e frio céu.
Enquanto a criatura sobe rumo ao céu escuro lentamente desaparecendo naquela escuridão fantasmagórica. Luzes começam a se acender nas casa da rua abaixo. O barulho ensurdecedor dos alarmes dos carros faz as famílias que ali moram saírem de suas casas em busca da fonte de tal barulho.
Enquanto isso uma família se preocupava com algo maior. Maior em problemas e menor em tamanho físico. Tal problema era um cesto com o choro de uma criança.
Um Homem de cerca de 50 anos de idade cabelo branco barba comprida e vestindo um pijama verde junto com a sua Esposa de cerca 46 anos de idade encaram a situação criança.
O Homem pega a criança do cesto e a segura em seu colo trazendo-a para dentro de sua casa enquanto sua Esposa pega o cesto e o trás para dentro.
O Homem senta-se em seu sofá na sala enquanto a esposa coloca a cesta na mesa de centro da sala. O Homem acaricia a indefesa criança. Olhos azuis, pele branca, e um anormal cabelo verde liso. A Esposa tira do cesto um longo sobretudo negro idêntico ao do pai da criança.
No fundo do cesto um papel amassado e fitado pelo Senhor que segurava a criança. Ele estica o seu braço esquerdo ainda com a criança no seu colo e pega o papel. A esposa senta-se ao seu lado. Ainda não conseguido compreender o que estava acontecendo.
O Homem desdobra o papel. Onde logo palavras em meio ao papel emaranhado começam a fazer sentido. Lá estava escrito:
-Senhor e senhora Maximiliam Naive, creio que essa situação não lhes seja favorável, mas essa era minha única escolha, deixo a vocês com todo o pesar do mundo meu único filho. Louis. Peço-lhes que cuidem dele como se cuidassem de seu próprio filho. Assinado: ۻۼۼ۽ۻ
Ambos encaravam a folha e tentavam ler a assinatura lá escrita.
Enquanto isso a criança para de chorar e começa a dormir tranquilamente no colo daquela família.
Continua...